O MISTERIOSO DESAPARECIMETO
DOS FAROLEIROS
DA ILHA DE FLANNAN


 


O Farol da Ilha Flannan.
Foto tirada em 1899 logo após a inauguração do Farol

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As Ilhas Flannan, são um pequeno grupo de ilhas situadas a oeste da Escócia, aproximadamente a 32 km (20 milhas) da Ilha de Lewis.
A maior dessas ilhas é a Eilean Mor.
Lá encontra-se um antigo farol construído em 1899 para orientar os navios que passavam pela reigão.
Um ano depois de sua construção, era necessário contratar pessoas para cuidar do farol, mas era muito dificil quem aceitasse passar a noite na ilha, pois segundo as lendas, o local era repleto de casos estranhos e assustadores.
Então foi que surgiram três homens de coragem, os quais resolveram aceitar o emprego, seus nomes? Thomas Marshall, James Ducat e Donald Macarthur.

A luz do farol das Ilhas Flannan [Coordenadas GPS: Latitude / Longitude = 58°17'16.39"N, 7°35'16.72"W] costumava piscar duas vezes a cada 30 segundos.
Em dias de bom tempo, era possível enxergá-la a 20 milhas de distância, embora o arquipélago, localizado na Escócia, normalmente fosse encoberto pela neblina.
Uma equipe formada por três homens guardava essa fortaleza particular de 23 metros de altura, sendo que havia uma troca de integrantes a cada duas semanas.
Em 7 de dezembro de 1900, James Ducat chegou ao local para mais 14 dias de trabalho.
Seu primeiro assistente, William Ross, tinha passado mal e um homem local, Donald Macarthur, acabou assumindo seu lugar.
Macarthur era um zelador ocasional, que trabalhava lá somente quando os membros regulares do grupo tinham algum problema.
Thomas Marshall, o segundo assistente completava o trio.

Durante o período, a ilha ficou encoberta por um nevoeiro e, no dia 15, o navio SS Archtor se aproximava da ilha, mas nenhuma luz foi emitida pelo farol.
Em 26 de dezembro, os tripulantes do navio SS Hesperus descobriram que não havia ninguém no local, gerando um grande mistério em torno deste desaparecimento.
Três guardas ingleses responsáveis por manter aceso o farol da ilha de Flannan, sumiram sem deixar vestígios.
Os homens se revezavam a cada 14 dias no farol. Uma equipe de 4 saía e outra chegava por navio.
A ilha é minúscula e está no meio do oceano atlântico. Não há terra nas proximidades nem onde se esconder.
Além disso o acesso à ilha é dificílimo em função das rochas e encostas pontiagudas.
Como três homens desaparecem da única construção nesta ilha distante?
As roupas estavam em seus lugares, os pratos e a mesa postos.
Em 7 dezembro de 1900, James Ducat, o zelador do farol chegou na ilha para recomeçar seu trabalho.


O Farol de Flannan

Na embarcação que os levava para a ilha, estava também Robert Muirhead, o superintendente dos faróis.
As inspeções rotineiras eram uma parte de seu cargo e Muirhead costava de manter um controle rígido dos homens sob sua supervisão. O superintendente ficou algum tempo no farol, verificando que tudo estava em perfeita ordem.
Teve uma discussão breve com o zelador principal a respeito das melhorias na monitoração do farol.
Ele então encerrou o relatório de campo, cumprimentou cada homem e partiu. O superintendente foi a última pessoa que os viu.

Durante a semana seguinte, como era a prática padrão, o farol foi mantido sob a observação periódica da terra.
Um telescópio era apontado da costa para a ilha de Flannan em intervalos regulares.
Em caso da emergência, os zeladores do farol poderiam içar uma bandeira apropriada e o auxílio seria imediatamente enviado a eles via barrco.
Durante os dias que se seguiram, o farol foi obscurecido frequentemente por uma densa neblina.
Era este problema que o superintendente e Muirhead tentaram resolver na última visita dele ao farol em 7 dezembro.

Durante as duas semanas depois, uma névoa pesada envolveu o farol.
O farol não seria visível outra vez da base da marinha na costa até o dia 29 dezembro.
Em geral quando acontecia isso, era mais fácil ver de noite, porque a luz do farol auxiliava.
A lâmpada estava visível no dia 7 de dezembro, mas foi obscurecida pelo mau tempo nas seguintes quatro noites.
Ela foi vista outra vez no dia 12 de dezembro.
Após aquele dia, não se viu mais nada.

No dia 15 de dezembro, o navio SS Archtor estava na vizinhança do farol.
Perto da meia-noite, o capitão Holman olhou para fora da plataforma do steamer, esperando captar um flash que fosse da luz do farol da ilha de Flannan, como era usual.
Holman estava próximo bastante ao farol e dispunha de tempo suficientemente para certificar-se de vê-lo.
Mas nenhuma luz era visível. O farol estava completamente apagado.
Então comunicada, aA embarcação de auxílio de Breasclete se dirigiu para a ilha Flannan, mas não conseguiu chegar ao farol em 21 de dezembro devido ao mau tempo.
O mau tempo impediu que o navio se aproximasse dos penhascos de rocha.
As ondas e o vento estavam muito fortes. Isso impediu a chegada da equipe de resgate ao farol até cinco dias depois.

Cinco dias mais tarde, com o tempo melhor e o mar mais calmo, o navio de resgate conseguiu aportar na ilha de Flannan, e como era de praxe protocolar, o grupo de funcionários do farol deveria recepcionar o navio em um pequeno bote para ajudar aos homens que os substituiriam.
Uma bandeira era erguida para mostrar ao grupo do encarregado que os homens do farol davam as boas-vindas aos seus substitutos. Isso acontecia costumeiramente, mas naquele dia não havia homens, nem bote, muito menos a bandeira.
O capitão Harvie, no barco Hesperus, deu ordens para soar a sirene. Mas não havia nenhuma resposta.
Sem resposta eles viram que teriam que entrar na ilha sem ajuda.
Isso tornou muito mais difícil o trabalho deles, pois era uma área de maré agitada.
Os homens escalaram uma parte da rocha até chegar na corda que era usada para auxiliar na subida pela encosta da ilha.
Os homens se arriscaram e chegaram ao farol.

A porta exterior do farol estava trancada. Por sorte, Moore tinha consigo uma cópia do jogo de chaves.
Ele destravou o edifício e entrou.
O lugar estava deserto. Não havia nenhum sinal do Ducat, do Marshall ou do Macarthur.
O relógio na parede interna tinha parado. Não havia nenhum fogo na lareira e todas as camas estavam vazias e arrumadinhas.
Uma refeição tinha sido preparada, mas estava sob a mesa, intacta.
Moore apressou-se e correu de volta até a área de desembarque.
Ofegante, explicou a McCormack que o grupo havia sumido no ar como mágica.
O segundo ajudante juntou-se a eles em terra e juntos os dois homens montaram uma busca completa na ilha do farol.
Nem sinal dos homens. Tinham desaparecido.
Moore e McCormack voltaram ao barco e deram ao capitão Harvie a má notícia.
Este, instruiu o terceiro assistente a retornar ao farol com os três outros, para que tomassem conta da manutenção provisória do farol antes que acontecesse alguma tragédia.
Enquanto isso, o Hesperus retornaria a Breasclete para informar as autoridades o ocorrido.

Um telegrama foi emitido por Harvie à secretaria dos comissários do norte do farol mais tarde no mesmo dia, informando o desaparecimento dos funcionários.
Na ilha Flannan, Joseph Moore e seu parceiro fizeram uma busca ainda mais rigorosa pelo farol e um retrato dos eventos começou logo a emergir. Ao que puderam observar, tudo correu bem no farol até a tarde de 15 de dezembro.
O diário de bordo do faroleiro era fundamental para a investigação.
O diário estava intacto, com dados detalhadas dos procedimentos e relatórios de cada dia até o dia 13.
O chefe da zeladoria do farol havia também esboçado parte do relatório dos dias 14 e 15 em um rascunho, o que era muito usual entre os funcionários do farol, sendo que as informações mais tarde sempre eram transferidas para o diário oficial.
Pelos registros, houve uma tempestade no dia 14, mas que na manhã seguinte já havia perdido a força.
Não havia nenhuma indicação de nenhum problema adicional.
E uma grande dúvida permanenceu: porque a porta de entrada estava trancada por fora? Porque fariam isso?
Esse é um mistério que jamais será solucionado.

Até hoje inúmeras teorias, como ondas gigantes, loucura suicida coletiva, abdução alienígena e monstros marinhos são as possibilidades para justificar o misterioso desaparecimento desses três homens, os quais nunca mais foram vistos.