"Algumas pessoas quando em vida, ficam tão apegadas aonde vivem, que mesmo depois de partir não conseguem se desligar dos locais aonde frequentaram e trabalharam, provocando acontecimentos sobrenaturais "

Antes de começar com o relato, devo explicar algumas coisas antes. Vamos lá:

Eu estudava em uma escola pública de uma cidade satélite do Distrito Federal, antes de eu estudar nessa escola, uma diretora teve um enfarte dentro de uma sala, coincidentemente o número da sala é 13.

Após a morte dessa diretora, mais precisamente 3 anos depois, o vigia noturno relatava ouvir barulhos de passos e dizia que avistava coisas durante a noite, nisso eu estava entrando no primário, quando esse vigia simplesmente desapareceu, não foi mais trabalhar na escola, por motivos óbvios.

Os anos foram se passando e eu cheguei á 4ª série, nisso a sala 13 nunca tinha sido aberta, e eu estudava na sala 14, que ficava bem ao lado.
Um dia meus amigos Giulleno e Diego, além de mim, fomos ao banheiro, quando ouvimos um barulho vindo de dentro da sala.
Como a sala estava trancada, pensamos não ser nada. Fomos ao banheiro e ao voltarmos fomos brincar em um campinho que ficava do lado de fora da sala, voltado para a rua, onde tinha uma mureta enorme separando a escola da rua.
Então nós resolvemos entrar na sala 13, mas as portas das salas estavam trancadas por dentro, com trincos passados, essa era a única forma de trancá-las.
Depois do intervalo, estavamos matando aula, quando mais uma vez ouvimos barulhos vindos de dentro da sala. Eu fui olhar primeiro pelo buraco da fechadura, e ví apenas um emaranhado de cadeiras, depois foi a vez do Giulleno, e nessa hora, ele ficou pálido, os olhos esbugalharam e ele começou a tremer, eu perguntei o que estava acontecendo e ele não conseguia responder, então resolvi olhar de novo, foi aí que eu vi uma casinha como de bonecas, só que maior, com alguns brinquedos espalhados, dava para ver que as portas continuavam trancadas por dentro.

Eu quase tive um ataque cardíaco ao ver aquilo, e antes mesmo que eu pudesse falar alguma coisa, apareceu uma mão com uma espécie de palito, e tentou furar os meus olhos. Não sei explicar o que aconteceu, só sei que quando eu acordei o Giulleno e eu estávamos na direção da escola e havíamos estado inconscientes, o nosso terceiro amigo Ewerton chamou a diretora para nos socorrer, pois sem explicação havíamos desmaiado após olhar pelo buraco da fechadura.

Inexplicavelmente, de acordo com o Ewerton não havia se passado nem 10 segundos que estávamos olhando pelo buraco na fechadura, mas para mim pareceram 2 minutos, e o Giulleno disse que para ele também pareceu uma eternidade.
Após contarmos o relato, a diretora disse que era impossível isso, que foi fruto da nossa imaginação, pois a porta da sala 13 estava aberta, sendo a mesma porta que havíamos visto trancada pelo lado de dentro, e essa porta não possui fechadura do lado de fora, apenas trincos internos.

Não sei se eles escondem algo dos alunos, ou se realmente não acreditam nos relatos, mas nos anos seguintes, eu mantinha contato com minhas professoras, uma delas até hoje, e de acordo com ela, várias crianças desmaiaram após olhar pela fechadura da sala 13, outra coisa que dá para estranhar é porque até hoje, depois de tantos anos, a sala continua trancada.
Não sei o que aconteceu, mas sei o que eu e o Giulleno vimos, não era normal e ambos vimos a mesma coisa.
Isso ainda continua um mistério, e ninguém mais comenta sobre a sala 13.

A SALA NÚMERO 13

Antonio Francisco - D.F.
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